Quando nos colocamos a aprender com nossos filhos



Estava pensando o que de mais importante deveria ensinar ao meu filho, eu vasculhei os vários cantos e pensei pensei e o que vi é que o que me chamava atenção era tudo que eu aprendia com meu filho, o qual tenho que rebolar com toda sua energia, uma energia que não tem tédio, marasmo, falta de ter o que fazer em criar e descobrir. Pensei que uma das coisas que deveria ensinar era manter um padrão de felicidade como exemplo, mas vejo que me enganei pois logo me veio à mente que quem não deve deixar que a alegria dele se perca sou eu, em pegar carona com ele e manter todo encanto e magia que as crianças trazem consigo, creio resquícios do reino de onde vieram. 
A nós pais cabe-nos muito pouco em aprender e ensinar, e muito mais em aprender a aprender para melhor continuar essa viagem terrena com anjos encarnados dividindo dias conosco em plano terreno. Nós devemos só promover o ambiente fecundo para que nossos filhos cresçam em ambiente fértil para toda a sua manifestação poder fluir sem impedimentos. 
Não sei quanto tempo temos e não preciso pensar com o medo de perder se souber viver melhor cada dia desfrutando os momentos da companhia nessa parceria de sintonia de amor tão deslumbrante. Que façamos tanto mais quanto possamos fazer pelos nossos filhos e por nós mesmos. Temos que aprender a viver da graça e ter a gratidão como ponto de sempre chamar os momentos de possíveis estresse para essa realidade encantadora.
Que não percamos a angelitude no trato com nossos filhos, em sendo bebês ou crianças então, nem se fala. Não podemos dialogar com as ferraduras, podemos desarmando-se com muita leveza olhando nos olhos, usando o semblante e usarmos da simpatia. Se usarmos da gentileza que gera gentileza, do sorriso, da promoção de mostrar-se em estado de presença e que alguns poucos minutos podem representar para eles uma eternidade nas lembranças da infância que se eternizam até a idade adulta. 
Penso que nossas maiores dificuldades se retratam em nossos papéis sendo pai, mãe, nossos desafios se apresentam e com nossos pequeninos somos chamados a reflexão ou a viver esses dilemas retratados em nossas vidas.
Poderia citar n's exemplos mas vou usar só alguns, adultos maus ouvintes não ouvem bem seus filhos, adultos ansiosos não sabem viver sem pressa na companhia dos filhos e não se entregam por estarem sempre no momento futuro, no depois como um chamado para sair de cena.
Pessoas rigorosas em não achar graça em coisas simples podem não saber gargalhar quando um filho gargalha ou simplesmente sorrir em fazer algo que adultos fazendo seria considerados de bobalhões...
E muitas coisas de cunho de rotina fechada, organização e tudo muito "certinho", filhos não sabem o que é manter a casa arrumada para receber visitas porque o que as visitas vão pensar não passa por suas cabeças, crianças que amam brincar com muitas coisas ou quase tudo não sabe que quase tudo é proibido porque gera bagunça.
Se você pensar que na cabeças dos pequeninos bagunça soa como sinônimo de coisa boa, fazer bagunça e fazer uma farra daquelas que adultos só fazem no dia de carnaval quando jogam confetes para cima, bagunça é sinônimo de liberdade de poder extravasar. Se os adultos mergulhasse na fantasia da imaginação infantil iriam se encontrar com sua criança interior e ao encontrarem-se consigo mesmos anos adormecidos descobririam que saber ser melhores pais do mundo é colocar as crianças pais e filhos para dialogarem e aí ambos estariam falando a mesma língua dos anjos. 
Aracaju, 27 de setembro de 2017 
Por  Ângela Santos de Oliveira, o meu lado criança, erê, ibejim , se expressando em homenagem ao dia de Cosme e Damião, saudação a todos irmãos em Cristo Jesus!

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