Humilde somos um


Humilde para ver e ouvir


Quando era austera, 

Somos surdas e cegas

não sabia mal algum

Anuviado  é e se vive

Neste estágio de alguns

Cega era e precisei ouvir

Porque dos outros pode vir verdades

Clínicas ou não clínicas

 são verdades de cada um

Que não devemos desprezar

Ao menos em respeito ouvir

Para mim reconstruir

Ou ao menos testar o respeito em ouvir 

Ou amor em se doar 

As verdades que ouvir

Uma dessa vou contar:

A consteladora me mandou

Que depois de lá pra cá 

 nunca mais me esqueci

Feche os olhos e veja sua mãe 

de que tamanho você viu?

Eu a tinha visto o eu maior e ou ela menor

No menor de cada um 

Meu menor em humildade e

 maior na bestialidade que se faz de mãe nenhuma ver do tamanho que a vi

Só se pode ser dos casos desta tal desfaçatez que se faz dos ditos créditos que faz entrega de troféu ou medalhas a alguns

E as mães são portadoras das maiores credenciais que dispensa seus angus

As imagens já mostravam

 a faceta 

que não tampa Sol algum

Repare a puxada das boas

Depois imagine na linha materna

 sua tataravó, bisavô e avó

Se seus postos de trabalhos, 

seus títulos ou formas físicas

 e contas ou tudo mais

lhe faz pensar ser mais capaz 

Levei a rasteira, pois a vida exige muito mais que crescer e ser humilde ao maior dos pequeninos sem excluir ser algum

 Honrar pai e mãe 

e nossos ancestrais que vieram primeiro

 é dever de cada um

Na ordem de vinda 

nosso lugar na hierarquia é melhor descer alguns

De olhos fechados 

Vi minha tataravô uma preta velha

Que me deu uma alavancada de uns tapas educativos

Minha bisavó uma índia que me viu seriamente

Nada de gaiatice aqui

Minha avó mais amistosa

Mas, de todas eu me sentia

 sendo muito bem  amada

As épocas e os por quês de suas ações eu assimilei ali

Num curso certa vez uma mulher me mandou 

eu e todas fazermos uma boneca de pano nos tons marrom dito cor de pele

Repare 

Temos preto cor de pele

Tantas outras cor de pele

Fui lá mais uma vez marrenta e mostrei desobediência 

 e peguei o pano preto 

feito menina faceira

 dessas alunas que da trabalho de achar a tal besteira

Não sabia que teria a tal da apresentação escondi a tal boneca 

dizendo que não acabei 

a tal da bendita não 

Em casa dei a meus filhos

Ela preta de trapos 

nos armengos foi feita 

de quem não fez com afinco 

Mas, depois na terapia vi no transe que me pus que a tal da dona Maria da boneca que criei merecia meu afinco e meu apreço também 

Em levantar a bandeira e honra a minha Tata  nega preta que criei

Ali era minha tataravó

Nos preconceitos joguei fora

Antes da tal terapia 

Pela tal filosofia que 

Se planta em alguns parecia um tal 

Vudu a boneca que bordei

Que no preconceito só se julga 

e condena e não acolhe

 a verdade de cada um

 Que poucos compreendem alguns 

Que muitos compreendem pouco

Que poucos compreendem muitos

Mais muitos somos um

Na verdade de cada um 

Se carrega muitos

 e muitos se faz um

Que o que lhe fez foram muitos e muitos se faz um

Na individualidade de cada um

Que cor de pele não define 

O valor de cada um

Que fales de minhas vestes 

e das minhas capas vista

 para se sentir do nós o um

Que se interpenetre nos muitos de cada um

Que se fará múltiplos em seres mais do que um

Que o Deus tem a Trindade 

Imagina você 

se se basta só tu

Para dizer que não precisa 

Um dia de mais que tu

Soberba é um tipo de blindagem 

Da carência de alguns

Vou parar por aqui 

Que a poetisa trova 

Mas, há quem precisa da presença desse um

Sempre bem vindo suas análises sobre mim se tiveres tu!!!

Mais de mim visto por muitos olhares e ângulos, são riquezas que carrego

Na membrana seletiva me dispo e não me armo

Mas, capto, 

o amor do eu e tu!!!

Por Ângela Santos de Oliveira 

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