Pensar sobre é me colocar como uma mulher em conexão com tantas outras em suas várias versões, potencialidades e papéis, das quais sou uma fatia desse infinito poder do sagrado feminino.
Meus parabéns a vocês em sua capacidade de nascer, gerar, crescer, reproduzir, viver e morrer em suas lutas diárias.
Guerreira quando suporta, guerreira quando deixa ir, guerreira quando se supera, quando chora sem vergonha de chorar, guerreira em lutar por si e por tantos outros, voz que sensivelmente se contrai e se expande, deprime e se liberta, abdica e se transmuta, e tantos outros adjetivos que não findariam por aqui.
Saber que fomos por anos privadas de tantos direitos e não vista como cidadã, não nos tornou em atraso porque em larga escala chegamos em muitos lugares nunca dantes navegados. Sabemos que muitos véus foram revelados que os homens do passado muitos deles tiveram em suas musas inspiradoras as raízes de seu sucesso e muitas ideias genuínas foram elaboradas por elas e eles só puseram em suas ações. Atuavam em bastidores e não ganharam a fama. Mas, mulher que sabe que o bem maior são resultados em benefício de um ganho coletivo se fez e se faz até hoje.
Mulher são profundas a ponto de gostar de exaurir temas e não fogem de discutir a relação( ões), em seu self ela vai da Vasalisa a Babá Yaga, permite a morte, denuncia a natureza sombria, navega nas trevas, encara o lado selvagem, serve ao não-racional, separa isso daquilo com sabedoria, pergunta sobre mistérios, anda se preciso nas quatro patas e de sobra reformula a sombra.
Então, o que mais teria a dizer diante dessa mulher que corre com os lobos e anda de salto e se reinventa lindamente!!!
Por Ângela Santos de Oliveira
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