Arretada, não arreda o pé.
Não tem quem coloque arreio,
cabresto, sela ou espora
para quem deseja montar.
Vai ter que pedir arrego
para que perceba seu jeito
que quem sabe respeitar
terá dela seu apreço
e morrerá no deleite
de quem sabe se doar
Porque aprendeu desde cedo
que o que se faz de bom mesmo
a quem se possa amar
não se faz por mero deleite
de quem quer se aproveitar.
Essa prosa iria longe
porque na trova ela vai longe
Pois sabe se alongar
não por mera regalia
mas por mera poesia
que se incorpora e
desincorpora
parece descer ladeira
que parece não parar,
mas nem nos seus talentos
a mesma deseja se escravizar.
Por Ângela Santos de Oliveira
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