Em atenção a um pedido específico de um caro e especial leitor.
Vamos ao que possa dispor sobre o tema.
Aproveito para informar que um rio tem uma nascente e a nascente diz mais do rio do que o curso do mesmo. O rio tem sua fonte no manancial de um lençol freático que o nutre que o alimenta e que dele vem a maior garantia de seu sustento em continuar seu eterno vir a ser rio. Não há garantia que irão manter suas margens intocáveis,que irão cuidar das vegetações e de tudo que viesse a criar evapotranspiração para fazer encher-se do que viria a enche-lo através do que viria de cima pelas chuvas ou pelos atos dos outros.
O que não importa também ao rio são os solos que irá percorrer e onde e quando suas águas desemboca ou findam. Se irá ser rio principal, afluente, se irá banhar lindas ou áridas vegetações. Se rio perene ou temporário. Se ganhará oferendas em seu nome. Se tudo que importa é ser e viver sua essência.
Quando focamos nos que nos faz bem por essência tocar o que é virtuoso e pela pureza que carrega não nos culpabilizar em nossos atos, há vivência duradoura e o mesmo se faz sem e não precisar de reciprocidade na resposta ao ato. Porque é seu o
canal, de quem o sintoniza e pode ser que o outro ainda vive seus percalços de evolução e involução. Dentro e fora somos únicos e nesse ser único somos quem somos e nunca o outro será como nós e nele não devemos nos aprovarmos ou desaprovarmos, enquanto quem busca sua verdadeira essência para tanto cheia de algo genuíno para se expressar.
Quem vive para o outro esquece de si, quem foca na agradabilidade sem que essa seja autêntica está na aparente relação, solo frágil das emoções.
A paz se encontra dentro de você e se expressa para o de fora, não há garantias nas relações com o outro. A blindagem se faz no santuário que se constrói sólido em si.
Mais tempo para cavar mais dentro e mais se jorra para fora, mais amor vem de mais de quem se ama e encontra em sutis formas de perceber o amor no outro e nos fenômenos. Para quem vê a face em suas várias face de um DEUS dentro e fora: na natureza, nas pessoas e fenômenos. E quanto mais de positivo tira em tudo uma visão mais humana e de que tudo que faz parte do possível acontecer não se esbarra em decepções e frustações porque já se faz lúcido em não se iludir em ideias fixas porque sabe que manter é trabalho ininterrupto.
Ninguém conquista e se põe de perna para o ar, é luta travada e a constante sendo a mudança.
Só não se faz em abalos por tudo e veja onde na natureza tem mais abalo são onde os solos tem formação recentes e ainda possível o magma eclodir em erupções. Solos mais antigos, compactados e sem fissuras não há tantas ou zero de abertura do magma sair por onde não há passagem. Aquele ser que tem domínio próprio não lança fora em irar-se com o que veio a provocar sua ira porque sabe que o que é do outro não lhe atinge. Acolher e não e nem precisar deixar supremacia e deixar que o outro se expresse na sua forma de se expressar. Claro que não falo de aceitar o homicídio para isso tem a legítima defesa. Porém, tem meios para tudo na prevenção que não esbarraria no exaurimento e consumação de muitas ações torpe, cruéis e degradantes.
Amar é acolher a si e se ninar primeiro para só dar o que tem quando se tem de fato.
É não lhe faz capengar energeticamente.
É possível o coletivo lhe dar essa visão? Seria mais garantia o seu eu se encontrar e passar pela travessia com as sombras, com os terrenos pedregosos, dormir na caverna e percorrer matas e florestas da psiquê e descobrir o EU SOU verdadeiramente.
Adianta mais o ser e fazer próprio de cada um do que o que vem de fora, esta não é a causa da nossa miséria humana. A miséria humana do outro não tem você como o algoz. Todos por todos se soma. Porém, todos fazendo seu dever de casa psíquica para que essa se torne a máxima expressão colaborativa para uma consciência coletiva gozar de uma sociedade melhor.
É possível observar e ver um não vários que se fizeram firmes em seus propósitos muito mais quando guiados pelo amor e sua verdadeira essência. Os grandes seres foram ao extraordinário porque suas fontes eram profundas e jorrava leite e mel de seu ser em ações grandiosas por serem despertos no que amava e se afinavam e cada vez mais se firmavam e formavam suas bases sólidas.
Sabe uma linha tênue que se pode pensar dos gigantes é a sua manutenção de atos em não ceder para olhares e solicitações que não são de seus propósitos e valores. Sabem decidir por si mesmo e viver segundo seus valores. E isso incomoda a ponto de parecer que se acham ou são insensíveis. Por traz existe alguém que se doa e faz muito mais pelo coletivo e por sujeitos indeterminados que sabe reconhecer a birra, a carência e manipulação de alguém ou sentimentos e ações vingativas de quem se chateou e se frustrou com suas ações, decisões e até modo de ser e se expressar no mundo.
Saber amar é estar seguro porque se ama e ama por maneira diferentes das expectativas sobre si nos olhares alheios. Se expressa ao modo do amor é aceitar as críticas, reprovações e portas fechadas de quem ainda não se preparou para amar e não aceita ser amado.
O amo é repelido por muitas pessoas, como quem se incomoda com a felicidade alheia. Essa é a fase de rebeldia de quem tem traumas a curar como exemplo pode ser fruto de má interpretação de uma imagem do passado e alienações que sofreu por influências ruim distorcendo fatos e realidade com juízo de valores negativos sobre os outros.
Há níveis para o número de humanos que habitam a terra e amar é ter que acolher a si e a todos os níveis diferentes dos seus.
Napolleon Hill na obra A lei do triunfo fala em desenvolver a habilidade de ser capaz de ouvir sobre os mais variados assuntos e saber lidar com diferentes tipos humanos. Enriquecer seu repertório.
Para mim não tem amor que maltrata porque amor é pureza e verdade que não se esbarra. O outro pode conceber um ato de amor ou qualquer ato segundo suas impressões, mas amor é genuinamente algo puro e bom. Respeita o outro e sempre prescinde de respeito o ato de amor e não forçar a natureza do outro e não impor o outro é amor e não ser ou fazer se o seu coração não pulsar sinalizando o fazer como genuíno senão seria agradabilidade de manipulações. A ação e o não fazer ambos merecem igual respeito no tempo de cada um.
Não deixar de amar quem se ama por falta de reciprocidade é amor que se nutre em uma fonte inesgotável que sabe se doar porque não carece de nada em troca. De quem ou o que o que faz amar já é bem enorme e não precisa de recompensa.
Tem fenômeno mais lindo que se propelir a fazer algo por alguém de maneira motivada que o amor remove montanhas para se expressar e deixa de lado tudo para focar no fazer genuíno. O outro merece nosso muito obrigado em existir e por já propelir nossos atos em elevados patamares. Te amo é mais coerente quando o fazer vem junto e pode se expressar até sem o eu te amo e você ter certeza que esse amor não sucumbe.
Saber seu limite é se permitir a saber o ritmo, frequência e bater em retirada.
Enfim, não sou objetiva quando pensam em objetividade como linha reta e poucas palavras. Um artigo científico tem no mínimas mais que esta mensagem e as bases da interdisciplinaridade da mais pano para a manga que o tema objeto em apreço e por mais das vezes deixo o rio seguir seu fluxo e não interrompo por norma padrão porque sou fora de padrões que deturpam as riquezas do fluxo. Se se guiar pelo fluxo se enriquecerá pela riqueza do Rio mais que o recipiente que deseja reservar só um pouco que caiba. Melhor sondar o Rio e saber voltar a ele quando precisar e se acessar o rio que se encontra ao seu e com outros tantos que tanto por cima ou por baixo se encontram. Abrirá novas dimensões em seu ser, nas percepções que se alargam e na alma que se expande.
Deus abençoe a todos que possam nessas águas se banharem.
Por Ângela Santos de Oliveira a que... vai além de suas posses.
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