Tem pessoas que se sentem verdadeiros quando falam do que se foi. Falar eu fui pobre, eu passei dificuldades, eu quebrei, eu... Eu no passado.
Alguém se faz verdadeiro se não teria coragem de falar no momento quando se vive, no presente.
O testemunho do que foi é mais fácil. Desafiador é dizer do hoje, do aqui e agora.
O bom de aprender lendo é que a escritora não expõe ninguém e nem o(a) leitor(a) se sente exposto(a).
O que pode ser motivo de vergonha pode virar uma grande honra a depender de quem se faz verdadeiro.
Eu agradeço por comprar nas mesmas pessoas o que me faz quando não tenho dinheiro comprar e depois pagar.
Agradeço ao Fábio vendedor aqui da rua onde moro por me enviar e esperar alguns dias quando venho a pagar o botijão.
Agradeço a Monique comerciante de hortifrutigranjeiros todos os itens que me vende se precisar e espera uns dias até receber salário.
A meu pai, minha sogra, minha irmã quando precisei e meu irmão Ailton neste mês.
Alguém pode um dia precisar por n' motivos de que um sinistro pode bater na sua vida.
Como você reage nos dias difíceis diz mais de você do que quando você age nos dias bons.
Você sofre sem pedir ajuda por orgulho ou pede com humildade e gratidão a quem possa ter?
Quem você é pode ser visto mais no que você chama de dias difíceis, mas o que é difícil para quem sabe ser grata se o valor da vida vai além?
Eu fiz o texto para tratar da verdade como valor que sem ela não adianta dizer eu fui, sem ter dito lá no passado e pior ainda é subir e não se sentir humilde para dizer não é bem assim o hoje. E querer manter padrão dar mais pano para manter do quer ser verdadeiro.
Questões de momentos não nos definem, quem somos, o que estamos, não contém o que podemos ser e o que somos não é garantia do que pode vir a ser.
Por Ângela Santos de Oliveira
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